VEJAM, CAROS AMIGOS: O LITÍGIO NO DISCURSO JORNALÍSTICO

 

Lucília Maria Sousa Romão & Leda Verdiani Tfouni *



         O objetivo desse artigo é refletir sobre o conflito no discurso da imprensa. Mais especificamente, pretendemos investigar o confronto de formações discursivas (FDs) antagônicas presente no discurso jornalístico, indiciando ao mesmo tempo um sentido dominante e um dominado, e mostrando que o discurso não irrompe livremente, como fruto da vontade ou da escolha do sujeito. HAROCHE (1992, p.158) aprofunda tal conceito, afirmando que o “sujeito não é livre, ele é falado, isto é, dependente, dominado”. Há certa inscrição desse sujeito aprisionado, (cativo pelo que diz); e tal assujeitamento é afetado pela ideologia, que disponibiliza certas zonas de sentido como permitidas e outras como proibidas para o sujeito. Essa determinação ideológica materializa, na superfície lingüística, pistas do seu funcionamento.

Para alcançar a significação de tais pistas lingüístico-discursivas, e fazer sua interpretação, baseamo-nos no paradigma indiciário, proposto por GINZBURG (1989, p.151/152), que se baseia em dados vistos como marginais, negligenciados como menores e tidos como pouco importantes, que fazem a grande diferença no momento da análise. Investigando como o homem se constituiu um grande decifrador de pistas, ao longo do tempo, o autor sintetiza:

“Por milênios o homem foi caçador. Durante inúmeras perseguições, ele aprendeu a reconstruir as formas e movimentos das presas invisíveis pelas pegadas na lama, ramos quebrados, bolotas de esterco, tufos de pêlos, plumas emaranhadas, odores estagnados. Aprendeu a farejar, registrar, interpretar e classificar pistas infinitesimais como fios de barba. Aprendeu a fazer operações mentais complexas com rapidez fulminante, no interior de um denso bosque ou numa clareira de ciladas (...) Decifrar ou ler pistas de animais são metáforas”.

Temos interesse de nos debruçar sobre o discurso jornalístico como caçadoras de pistas, de pegadas do sujeito, de secreções do sentido, tocando os suores do enunciado que escorrega pelas margens. Em plena sintonia com a Análise de Discurso de filiação francesa (AD, a partir de agora), fixamos a certeza de que o dito guarda pegadas do que é silenciado, há marcas de denegações, sentidos da memória e vacilos que interessam ao analista. Não apenas o que está escrito, mas também o “que não está lá” importa ao analista, visto que uma das questões que a AD levanta ao se aproximar dos dados é: “O que ele (o sujeito do discurso) deixou de dizer quando disse x?”. Para atingir esse nível de interpretação, que extrapola o do enunciado, a AD propõe a noção de interdiscurso, o equivalente à memória do dizer, à história que se inscreve no que é dito e significa à revelia do sujeito. O interdiscurso faz um papel de mecanismo, que renegocia o sentido das formações discursivas (FDs) os lugares disponíveis do sentido.

A esse respeito, AGUSTINI (2000, p.15) afirma:

“Estabeleci uma analogia ilustrativa entre o dizer e uma colcha de retalhos. Comparando-os, posso perceber que o dizer resulta de recortes do interdiscurso (memória do dizer) que o sujeito-falante, imbuído histórica e  ideologicamente por um lugar de significação, (re) corta e costura. Em alguns pontos da colcha, o acabamento perfeito não permite visualizar os arremates, mas há outros lugares em que os arremates são visíveis (dobras interdiscursivas). Os arremates não são, portanto, acidentes do/no tecido. São processos interdiscursivos próprios do funcionamento do dizer. São tecidos interdiscursivos que se torcem (...) e se dobram no processo de confecção da colcha. A unidade da colcha reside, por conseguinte, no sistema que torna possível e que rege a colcha. Essa analogia dizer-colcha me permite compreender e explicitar que todo dizer se constrói por um retorno constante a outros dizeres presentes no interdiscurso (memória do dizer)”

Sendo memória discursiva é constitutiva do sentido, segue-se que há sempre várias vozes, historicamente já constituídas, que voltam à tona, ressignificando os enunciados produzidos num dado momento histórico. Assim, existe uma amarração do discurso do sujeito com o discurso do outro. Tem-se aí uma relação muitas vezes contraditória de dependência / identificação / associação a uma formação discursiva. Deste modo, a AD de filiação francesa fornece subsídios teóricos para respondermos às seguintes questões, que se colocam como objetivos deste artigo: Como o discurso jornalístico apresenta o sem-terra? Qual é o sentido dominante sobre o MST que circula na mídia? De que forma a ideologia atua no discurso jornalístico, naturalizando um certo sentido como se fosse o único possível, e interditando zonas do interdiscurso onde outros sentidos poderiam circular? Como os dizeres já significados nas lutas camponeses voltam a integrar o discurso jornalístico?

Dito de outra maneira, interessa-nos averiguar qual posição diante do poder instituído, quais sítios de significação tais dizeres instalam, criando ao mesmo tempo no leitor uma ilusão de objetividade. É certo que a ideologia organiza direções de leitura, fazendo circular alguns sentidos e desviando outros tantos indesejáveis. Ao enunciar, o sujeito recorta na rede de filiações de sentidos (interdiscurso, constituído historicamente) os dizeres que melhor contemplam a noção de “verdade segura”, tão proclamada pelos órgãos de imprensa. Sob o pretenso manto da tríade objetividade-neutralidade-distanciamento dos fatos, o sujeito do discurso jornalístico textualiza a ilusão do didatismo de informar e comunicar a novidade. Ilusão porque, para a AD, não há um sentido já fixado, prévio, antecipado no dizer. Desta forma a noção de texto como comunicação (idéia e conteúdo transparentes) é descartada por princípio. Também esse não foi o manequim escolhido pela autora MARIANI (1998). Ela retirou a maquilagem discursiva que a imprensa havia construído sobre o PCB ao longo de quase setenta anos. Citamos, então, um fragmento de seu trabalho (op. cit., p. 63) por aplicar-se também ao MST:

“Os jornais lidam com o relato de eventos inesperados, possíveis e/ou previsíveis. Em seu funcionamento, o discurso jornalístico insere o inesperado (aquilo para o que ainda não há memória) ou possível/ previsível (ou seja, fatos para os quais se pode dizer algo porque guardam semelhanças com eventos ocorridos anteriormente) em uma ordem, ou seja, organizando filiações de sentidos possíveis para o acontecimento (...) Para tanto, os jornais nomeiam, produzem explicações, enfim ‘digerem’ para os leitores aquilo sobre o que se fala. Esse processo de encadeamento cria a ilusão de uma relação significativa entre causas e conseqüências para os fatos ocorridos. Encontra-se nesse funcionamento jornalístico um dos aspectos de convencimento que envolve os leitores”.

Na tentativa de explicar o mundo, o discurso jornalístico engorda suas estratégia para fazer a informação parecer segura, confiável e fiel à realidade, como se esse fosse o único modo de dizer. Lançando mão de tabelas, gráficos, mapas, estatísticas, quadros explicativos, pesquisas inéditas, fotografia e fotomontagens, a tônica do discurso jornalístico é generalizar e fixar um dizer como irrefutável. Esta manobra torna-se ainda mais poderosa quando textos, reportagens e matérias aparecem sem autor explícito. Tal ausência de um nome, de um responsável pelo dito, tem impacto na relação imaginária com o leitor, que passa a acreditar (daí advindo a credibilidade) que não se trata ali de uma mera opinião pessoal, partícula de um mundinho reduzido e digno de apenas uma voz, mas sim de um julgamento universal, compartilhado por todos. Assim, o efeito de sentido do discurso jornalístico aproxima-o de uma Lei. E Lei não comporta opinião, interpretação nem crítica; deve ser aceita e maximizada na sua impessoalidade.

Esse modo de formular tais questões nos faz abrir espaço para analisar uma matéria, publicada pela revista Veja em 10 de maio de 2000, cujo título é “Sem terra e sem lei”, assinada por Eduardo Oinegue. Na capa da publicação, o fundo verde da bandeira brasileira contrasta com a bandeira-tremulante do MST. Já no uso das cores há certa intencionalidade: o verde da soberania nacional, da riqueza e do patrimônio naturais mais ufanistas do país em contraposição ao vermelho do socialismo, ameaça do passado que retorna ressignificando com nova roupagem. O título da matéria anuncia: “A tática da baderna - O MST usa do pretexto da reforma agrária para pregar a revolução socialista”. No texto da reportagem, no interior da revista, aparece uma foto-montagem de Stedile, vestido no estilo James Bond, de smoking e gravata, brandindo uma pistola, e com a seguinte legenda:”Meu nome é Stedile”. Logo ao lado, o sujeito-repórter enuncia uma seqüência factual das ações do MST, no estilo de flashes rápidos e, depois, formula algumas considerações sobre a reforma agrária no país. Deste modo, os MST e seus integrantes são apresentados como protagonistas das seguintes cenas enunciativas:

-         “invade prédios públicos”

-         “realizaram invasões”

-         “foram atacadas regionais do INCRA”

-         “organizou saques a supermercados”

-         “danificaram bens públicos e propriedades particulares”

-         “houve muita confusão (...) e uma tragédia”

-          “invadiram repartições públicas impedindo-as de funcionar”

-         “mantiveram servidores em cárcere privado”

-         “a tropa de choque fez a desocupação e prendeu quinze manifestantes”

-         “o governo mandou oitocentos policiais conter o avanço de quarenta ônibus que levavam os sem-terra”

Tais recortes nos permitem a interpretação de que esse discurso remete a uma posição de classe, conformada ideologicamente por um sujeito que se sente ameaçado, quando se trata de forma agrária, e MST. Há aí uma concordância com a mesma FD oficial, que construiu uma imagem de perigo e uma representação de bandidagem sobre o MST. No plano ideológico, encaminha o leitor para uma condenação do movimento e indica a pena a que deve ser submetido: extermínio e prisão. Faz retornar o estereótipo de James Bond para produzir um efeito ao mesmo tempo de fanfarronice e de perigo. Discursivamente falando, este embate ocorre não entre agentes concretos, mas entre formações discursivas antagônicas. Assim, aqueles que enunciam de um outro lugar social, diferente daquele da classe dominante, devem ser exterminados ou ridicularizados diante da opinião pública. A FD na qual a revista Veja se inscreve retoma a história, o interdiscurso, em lugares específicos e regulariza o papel da memória através das paráfrases, de substituições. Antes, eles matavam o gado; agora, “se apropriam dos bens dos fazendeiros”. Antes, promoviam a desordem no campo, hoje “destroem bens públicos ou dos fazendeiros”. Antes, fundavam povoados e redutos fanáticos, hoje formam “quadrilhas e praticam crimes” de “invasão, lesão corporal, cárcere privado, corrupção de menores”.

Como a complementar o seu papel de juiz, o discurso jornalístico sentencia a solução para o caso. Longe de avaliar os fatos de modo imparcial, o que se concretiza discursivamente aqui é que a única medida (único sentido adequado) é a condenação da liderança. A repetição em negrito do significante “pena” endossa tal tentativa. Aprioristicamente, a revista fecha o caso, encerrando qualquer perspectiva de defesa, de liberdade. Em resumo: “prisão”. Sob a sombra da Lei, a concepção de verdade mais uma vez é evocada. A Lei está acima de qualquer autoridade. Esse é tecido discursiva tramado (em duplo sentido) pela Veja. A perspectiva da ilegalidade reforça a noção de perigo, nesse caso perigo nacional, já que o rol de ações do MST passeia pelas propriedades públicas e particulares, “importunando a ordem nacional, atribulando a paz do cidadão de bem”, e por assim dizer, afeta a propriedade e as classes abastadas. Mais do que isso, a FD dominante faz circular um tom alarmista, satanizando os sem-terra, trazendo à circulação, sem o dizer expressamente, o discurso religioso da luta do Bem contra o Mal. Ainda que de modo silenciado, o sujeito-jornalista tipifica o perigo dos “grupos”: Eles dividem o povo, alquebram a unidade imaginária do país, esgotam os terrenos da cidadania, promovendo a “intolerância, indiferença, oportunismos e instrumentalizações”.

Porém, se de um lado há uma FD funcionando da maneira como apresentamos acima, de outro, há uma FD contrária, alocada também no discurso jornalístico, e materializada pelo discurso da revista Caros Amigos. Em sua edição número 39 (ano IV) de junho de 2000, a capa da revista anuncia uma entrevista explosiva com o líder do MST (João Pedro Stedile). Temos, na capa, sob um fundo azul-céu, a foto da liderança apresentado com a aparência de um homem distinto, humanizado, sério. Ao invés de sacar uma pistola, o líder saca a Constituição brasileira, indicando a ferramenta legal, o dispositivo legítimo de sua luta. Outros significantes dispostos na capa indiciam a oposição, a disputa discursiva na qual o sujeito se engaja. Assim, “crimes” e “grades” apontam a aparição de FDs antagônicas. Ao lado do cano da arma, como se fosse um tiro acionado pelo sujeito, são arroladas as várias “armas do MST”, como a indicar os vários instrumentos de luta e resistência do movimento. O plural acentua o efeito de sentido de que não são quaisquer armas, mas sim as usadas pelos integrantes e líderes do Movimento. O valor simbólico e a materializada lingüística do discurso da capa é o que nos interessa interpretar a seguir. Em sintonia com as cores da bandeira, sinal de luta pela pátria de tantos brasileiros excluídos, o sujeito tem o seu discurso apresentado em pequenos recortes logo na capa da revista. A foto, as cores e o texto configuram uma posição de sujeito de reivindicação, aglutinada em torno da ocupação de terra. Indiciado aí está que um outro sentido se estrutura na materialidade da língua, qual seja: a razão de ser das ocupações está vinculada à luta pela terra, ao trabalho braçal e à representação que ele expressa. Esta capa assinala que é possível arrebentar a distância enorme entre a casa-grande e a senzala, entre a nobreza e a plebe, entre a fartura e a fome e, sobretudo, entre os que têm endereço fixo e os que migram deserdados: o sujeito enuncia do lugar social em que circulam tais sentidos.

O uso do “nós” inclusivo (“nossa força, nos”) evoca uma coletividade, uma representação impessoal que, atribuindo união a um conjunto, identifica diferentes em torno do mesmo discurso. O efeito de sentido de “nossa força” na capa de uma revista advém da polifonia: o locutor pode ser tanto Stedile quanto a própria revista, um coletivo anônimo, porém poderoso, porque é a mídia. A “capacidade de juntar gente” indica um movimento em direção ao “nós”, visto que individualmente os sem-terra não adquirem visibilidade no cenário nacional. O “cada um por si” arquiteta um olhar desviante, que atribui culpa ou desempenho a uma pessoa em particular, desvencilhando-a de um contexto sócio-histórico. Têm essa função FDs que posicionam o trabalhador da roça como analfabeto, incapaz, preguiçoso, limitado, sem conhecimentos acerca das parafernálias do mundo mecanizado da agricultura. Cria-se, assim, um imaginário, no qual o MST é representado como anacrônico, incapacitado, perigoso e, portanto, sem prestígio social.

Merecem atenção ainda na reportagem da Caros Amigos os seguintes recortes: “23 milhões passando fome” e “33 milhões mal alimentados”, que constroem um efeito de relevância para um problema do país: a fome. Temos ainda o uso de estatísticas, que cria um efeito de realidade e verdade, capaz de ampliar a dimensão do problema. Não são poucos; são milhões de brasileiros afetados pela falta de alimento. Ao ressaltar a quantidade, o sujeito-jornalista discursiviza a injustiça, a exclusão social no que diz respeito ao item básico da sobrevivência humana: a alimentação. Por não ser uma luta individual, o sujeito enuncia números, que fortalecem o tamanho da base da pirâmide social: milhões fora das mínimas condições de sobrevivência. Estatisticamente isso é inquestionável, pura realidade. O sentido que circula aqui é de que não há modernidade (nem pós-modernidade), quando seres humanos reviram latas de lixo para encontrar “detritos” para comer; quando o susto do poeta Bandeira ainda pode ser ouvido nas cidades: “O bicho, Meu Deus, era um homem”.

A discussão em torno do discurso jornalístico abre nova versão do conflito entre FDS antagônicas. Quando a pauta é terra, o sujeito na posição de jornalista porta-voz da classe dominante se inscreve em determinada região de sentido para enunciar, predominantemente contra o MST. A FD dominante circula na grande imprensa - jornais e revistas ‘conceituadas’ – sempre promovendo a satanização dos sem-terra, expulsando e negando a sua condição reivindicatória. A criminalização dos líderes faz parte do jogo discursivo promovido pela ideologia, topicalizando a marginalidade em dose dupla: além de serem expulsos da terra e das mínimas condições de vida, os sem-terra e o MST são expulsos também da legalidade, o que os virtualiza como o grande Mal da atualidade brasileira.

Contra essa FD dominante, há um movimento de resistência do sujeito na posição de resistência. A necessidade urgente de buscar alternativas de sobrevivência, a convivência diária com a fome e a exclusão social e a dificuldade de interlocução com os líderes políticos fixados no governo temperam os sentidos de indignação, revolta e mobilização social. O imperativo na construção de um “nós” forte e inclusivo potencializa o discurso de luta pela terra e pela cidadania. A voz abafada e negada historicamente não se cala, já que a memória discursiva, o interdiscurso também mobiliza e faz significar, nas frestas, o discurso dos camponeses ao longo das lutas messiânicas e políticas desde o século passado. A luta hoje se reveste das tentativas do sujeito-sem-terra para legitimar seu movimento e suas reivindicações, procurando instaurar uma FD antagônica à dominante. Assim, o que se observa na atualidade (e na mídia, principalmente) é o discurso do conflito, a ferida aberta na nação.

 

Bibliografia:

AGUSTINI, Carmén Lúcia Hernandes. Dobras inderscursivas: o movimento do sujeito na construção enunciativa dos sentidos. Revista dos cursos de pós-graduação, 5, 9-17.

GINZBURG, Carlo. Mitos, emblemas e sinais, São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

HAROCHE, Claudine. Fazer dizer Querer dizer. São Paulo: Hucitec, 1992.

MARIANI, Bethania. O PCB e a imprensa. Campinas: Editora da Unicamp e Editora Revan, 1998.

 

Resumo:

O artigo analisa o confronto no discurso jornalístico, interpretando como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) é visto e como seus atos são narrados. Utilizando o referencial teórico da AD (Análise do Discurso de linha francesa), procuramos investigar os sítios de significação e dizeres determinados ideologicamente, que se materializam na língua de duas formas: a satanização ou a legitimidade dos sem-terra.

 

Palavras-chave: sem-terra, análise de discurso, interpretação, discurso jornalístico, confronto.



* Lucília Maria Sousa Romão é professora de redação no Ensino Médio da rede particular de ensino, coordenadora do Centro Cultural Tantas Palavras, doutoranda do Programa de Psicologia e Educação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, local em que desenvolve a pesquisa: “O discurso do conflito materializado no MST: a ferida aberta na nação” sob a orientação da Profa Dra Leda Verdiani Tfouni.

* Leda Verdiani Tfouni é professora do Departamento de Psicologia e Educação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras - Universidade de São Paulo. Lingüista e Psicanalista, Master of Arts (MA) in Language Acquisition pela University of Califórnia, USA; doutora em Ciência pela UNICAMP, livre-docente pela USP. É autora dos seguintes livros: “Adultos não-afabetizados - o avesso do avesso”, Pontes Editores; “Letramento e alfabetização” (4A edição), Editora Cortez, além de vários capítulos em livros e dezenas de artigos publicados em periódicos de circulação nacional e internacional. Pesquisadora do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq). Orientadora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia do Departamento de Psicologia da FFCLRP-USP.


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